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SEXO ANAL
Dos cuidados às infecções sexualmente transmissíveis

A prática do coito anal data registros muito antigos, há mais de 4000 anos, dentre os Assírios, povos da Mesopotâmia ou Grécia Antiga. E, apesar de ser um assunto bastante discutido atualmente e mesmo havendo mais relatos de sua prática, ainda persistem muitos tabus ou preconceitos sobre o assunto. E, devido a isso, são pouco discutidas as orientações sobre o assunto ou sobre os riscos envolvidos. 

Lubrificação
O canal anal não é uma região anatomicamente preparada por si só para a prática sexual, pois não possui lubrificação adequada. É preciso que se utilizem lubrificantes, especialmente à base de água, e sem produtos anestésicos ou que alterem a sensibilidade do canal anal. Esta sensibilidade é muito importante porque permite a percepção da dor, evitando continuidade do ato sexual e prevenindo lesões no canal anal.

Consentimento
Além da lubrificação adequada, é muito importante que haja uma boa comunicação entre as pessoas que praticam sexo anal, e consentimento, para que haja adequado relaxamento da musculatura anal, diminuindo desconforto ou dor. A pessoa passiva pode realizar enemas retais com os devidos cuidados, ou cuidados específicos com a alimentação, para evitar constrangimentos como sujidades durante a prática sexual.

Proteção
Tão importante quanto o desejo mútuo entre as pessoas, que praticam sexo anal, uso adequado de lubrificantes e cuidados para evitar traumas no canal anal, é o conhecimento de que é preciso uso de preservativos para evitar infecções sexualmente transmissíveis (IST). 

Doenças
A pessoa passiva tem uma chance maior de adquirir IST em relação à pessoa ativa. Por isso, é importante ficar atento a lesões anais, úlceras ou pequenos cortes, verrugas, corrimentos ou lesões bolhosas. Inúmeras afecções podem ser transmitidas com essa prática sexual, como Sífilis, Herpes, HPV e HIV. 

Avaliação de rotina
As pessoas que são passivas devem procurar um especialista pelo menos uma vez por ano para avaliação do canal anal, para triagem de lesões pré-cancerosas no canal anal, como as lesões por HPV. E, em qualquer alteração no canal anal, sangramentos, dor, lesões verrucosas, corrimentos, ulcerações, procure um médico especialista para uma adequada avaliação. 

Exame
A avaliação do canal anal é feita através de um exame chamado Anuscopia, que pode ser realizado em consultório médico. Nesse exame, é possível identificar lesões de IST, realizar coleta de material para investigação clínica, e tratar determinados tipos de lesões, como as causadas por HPV, principal responsável pelo câncer anal.

Objetos
Outra modalidade praticada no canal anal é a introdução de objetos. Importante frisar que a colocação de dispositivos não próprios a essa prática, sem os devidos cuidados e sem lubrificação, pode ocasionar lesões como fissuras, lacerações, sangramentos, alterações na musculatura do canal anal provocando incontinência fecal, e até mesmo empalamento, que é quando o objeto fica preso no reto ou canal anal, necessitando até de tratamento cirúrgico, ocasionalmente. 

“Portanto, aos que praticam ou desejam realizar o coito anal: para não sofrer lesões ou adquirir cuidem-se!”

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Dr. Pedro Ivo Calegar

Cirurgia Geral - Coloproctologia
CRM/MT6419 | RQE 3414 | RQE 5528

Formado em medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT 2010;
Residência Médica em Cirurgia Geral pela Santa Casa – Campo Grande-MS -2014;                       
Residência Médica em Coloproctologia Hospital das Clínicas de Goiânia – 2020;                              
Membro da Sociedade Brasileira de Coloproctologia;

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